EXEMPLARES
Sinopse
Ah, a Condessa de Ségur! Só aos 55 anos começa a escrever para crianças, mas de certeza que a pensar em Sade e Masoch. Sangue, arrependimento e beijos, em números inacreditáveis e obscenos. Camila e Madalena, “as Meninas Exemplares”, são tão boazinhas como obedientes. Sofia, a dos “Desastres”, é mentirosa, gulosa, cruel e, acima de tudo, rebelde. As suas brincadeiras ou aventuras são autênticos desastres que, pela educação formatada e violenta, merecem sempre reprovação e castigo. Tantas histórias e tantos personagens. Paulo, o primo, que se finge culpado para poupar Sofia aos castigos. Margarida, a criança salva de um grave acidente, é adoptada e provoca ciúmes. Joaninha, a ladra, a senhora Fichini, a terrível madastra, as mães e tias que controlam e vigiam pretendendo educar. As falas das crianças são tão sofisticadas, que só crianças- adultos as podem assumir. (Obrigado Paula Rego!). Finalmente em “As Férias”, onde tudo se explica e talvez se resolva, chegam os rapazes e os homens ao atribulado reino das mulheres. E ao longo do filme uma bela narradora, acompanhada por um extraordinário pianista, preenche as elipses que o cinema exige. Talvez seja a Condessa de Ségur, a russa que fugiu, Sophie Rostropovich!
Trailer
Imagens
Exposição
(Dezembro de 1965)
AS MENINAS EXEMPLARES DE PAULA REGO
Paula Rego (1935–2022) é uma das artistas portuguesas contemporâneas mais conhecidas mundialmente. Residiu e trabalhou em Londres, cidade onde estudou pintura na Slade School of Fine Art entre 1952 e 1956. Ao longo do seu percurso artístico, com mais de seis décadas, pintou para contar e foi, ao mesmo tempo, personagem e narradora de histórias.
A sua multifacetada obra não conhece limitações e as suas fontes de inspiração não se cingem ao domínio das artes visuais, cruzando-se sempre com outras manifestações artísticas como o cinema, o teatro, a literatura ou a poesia, pois são estes os territórios privilegiados das histórias que a inspiram. O título desta exposição remete para o texto literário As Meninas Exemplares, da Condessa de Ségur (1799–1874), que cativou a artista desde a sua infância. Os contos da Condessa de Ségur e, entre eles, Os Desastres de Sofia, editados em Portugal pela Coleção Azul, são lidos avidamente. Contam as histórias de raparigas bem-nascidas que se portam terrivelmente, causando problemas: “As minhas rapariguinhas vêm todas da tradição francesa, mais do que da tradição inglesa.” “Lembro-me de a mãe [de Sofia] a obrigar a usar as abelhas todas cortadas num colar de abelhas. Ela pegou numa faquinha e também cortou os peixinhos. Todas as meninas bem-comportadas adoravam ler sobre meninas marotas. E más. Esse era o meu mundo.”
Paula Rego apercebeu-se desde cedo que há nas crianças um lado selvagem e brutal, que lhes dá poder sobre os adultos. A infância não é o lugar da inocência, pelo contrário, a inocência é uma aprendizagem constante ao longo da vida. Já a ferocidade e, com ela, a nossa capacidade destrutiva acompanham-nos desde sempre: “Sabemos tudo, desde o momento em que nascemos. Violência. Raiva. Desespero. É por isso que os bebés gritam.” Sofia, a personagem criada pela escritora, representa o caráter potencialmente subversivo das raparigas da obra da artista, que resistem e lutam pela sua liberdade e autoafirmação, dotadas de uma imaginação e curiosidade admiráveis.
Em 1971, no catálogo da sua exposição individual na Galeria São Mamede, em Lisboa, Rego publica, citações de As Meninas Exemplares.
Será bastante mais tarde, em 2001, que dedicará a sua atenção gráfica à obra da Condessa de Ségur, produzindo oito desenhos – atualmente pertencentes à coleção da família da artista – que ilustram as aventuras e traquinices de Sofia. É possível que esta série de desenhos tenha sido realizada após uma conversa entre a artista e João Botelho numa esplanada na Praça de São Marcos, em Veneza. Neste encontro, o realizador revela o seu projecto de criar um filme em que a obra de Paula Rego seria a maior inspiração visual para a sua própria versão de As Meninas Exemplares. Recebendo a notícia com entusiasmo, propôs-se imediatamente desenhar os esboços para os corpos dos atores, as roupas, os décors e as cores dos planos de fundo. Todavia, a concretização do filme só foi possível em 2024, após a morte da artista, sendo evidente que na sua versão de As Meninas Exemplares o realizador recupera a complexidade e dramaticidade das personagens criadas pela artista, que carregam a imponência física e emocional das figuras femininas das suas pinturas, desenhos e gravuras.
A seleção de obras para esta exposição itinerante, que acompanha a apresentação do filme, reflete um imaginário de infância que se constrói a partir da ambiguidade do estado de ser criança – entre a inocência e a extrema crueldade –, algo que as obras de Paula Rego e o filme de João Botelho exploram do ponto de vista da narratividade e também visualmente. Se no filme é evidente que a interpretação dos papéis destinados a crianças é realizada por atores adultos, com atitudes de crianças, nas obras gráficas apresentadas esta dualidade complexifica-se. As personagens femininas das dez gravuras, e na sua obra em geral, não se parecem com crianças, mas também não assumem completamente feições e atitudes de adultos, pois a artista gosta da ideia de pôr as crianças a desempenharem papéis de adultos. Esta poderá ser uma das razões para a descrição fisionómica e caracterial dúplice das suas meninas, que agem por determinação própria, como adultas, assumindo papéis que estão muito além da sua idade. Na origem destas raparigas-mulheres está uma menina de doze anos que encontrou na Feira dos Alhos, na Ericeira, em 1957. Era feirante com o seu pai e ambos geriam uma tenda que apresentava um teatro de marionetas. Desempenhava todas as tarefas necessárias ao funcionamento do espetáculo. A eficiência desta rapariga impressionou-a de tal modo que determinou o caráter de todas as crianças que criou nas suas histórias pintadas: “Fiquei muito impressionada com esta criança, que era tão eficiente e capaz de lidar com a vida adulta. Acho que todas as crianças que interpretei desde então têm a ver com essa menina, sabe. Eu tinha vinte e poucos anos e dei-me conta de que havia algo que eu reconhecia nessa mulher, nessa menina — nessa menina-mulher — algo eterno e tremendamente português.”
A soberania da dimensão psicológica destas meninas-mulheres não depende tanto das histórias de onde são quase sempre resgatadas; muitas vezes, o que exponencia a construção do caráter é a intensificação da sua presença nos desenhos, pinturas e gravuras, quando a solidez da sua matéria corpórea é evidenciada pelo virtuosismo da representação realista. Os corpos revelam vivências e estados emocionais que são expressos através da representação de sensações físicas, colocando-nos diretamente no seu centro afetivo sem que todavia se vislumbre qualquer vestígio confessional. A presença feminina impõe-se, mesmo quando estas mulheres são representadas em idade pueril. Será justamente o que acontece em Jovens Predadoras, uma das oito águas-fortes e águas-tintas da série “Menina e cão”, de 1987, que se centram nas interações estabelecidas entre um grupo de raparigas, homens e um ou mais cães. Envolvidas em jogos de poder, quase sempre associados à sedução, estas adolescentes sábias e de olhos doces desafiam e atacam as únicas criaturas com menos poder do que elas na hierarquia doméstica. Se há algo de maternal nestas cenas, essa qualidade dissipa-se a favor da carga sexual que nelas está explícita.
As brincadeiras da infância, o lado perverso, cruel e brutal das crianças, foram igualmente explorados poeticamente por Adília Lopes (1960–2024) que em junho de 2000 convidou Paula Rego a criar imagens para um livro que pretendia publicar, reunindo toda a sua obra. Aceite o desafio, a artista selecionou dois poemas, O vestido cor de salmão e Joaninha a Ladra, que serviram de inspiração, respetivamente, para as litografias coloridas à mão O vestido cor de salmão e Comunhão, apresentadas nesta exposição acompanhadas pelos poemas que estão na sua origem. A admiração pelo universo literário da “divina Condessa” – como apelidou Adília – é partilhada na troca de correspondência entre ambas. A poeta assegura que as gravuras de Paula Rego “são as gravuras do século XIX dos livros da Condessa de Ségur”, afirmando que “a Paula captou o meu lado hardcore, sacrílego”. As características emocionais e comportamentais das meninas, assim descritas por Adília Lopes, revelam, de modo mais enfático, aspetos da personalidade de ambas as criadoras: desafiadoras, desconcertantes, irreverentes, e que afirmam a sua expressividade num país ainda marcado pela rigidez da realidade política e social, manifestamente patriarcal e católico.
Nas narrativas pictóricas, as visões interiores de Rego sobrepõem-se ao que é descrito nas histórias originais, explorando mais profundamente a memória das experiências da infância, em que o bem e o mal coexistem sem estratégias de compromisso. O regresso à infância está sempre presente na sua obra e é essencial para a construção de um universo singular. A infância é pródiga em sensações intensas, sobretudo medos. Sabemos que a artista desenhava intensamente desde criança. Desenhava como respirava, com ou sem consciência deste ato que se revelou, desde muito cedo, como um processo terapêutico. Na intimidade do seu quarto, recolhia-se no processo tátil que é desenhar para dar formas eloquentes aos seus sentimentos e, sobretudo, aos seus medos. É através desse combate expressivo e transformador da realidade, ou fuga pela expressão do desenho que, ainda criança, sublimava os seus medos, transformando-os para se libertar deles. Esse processo de sublimação será sempre a matriz e a força transfiguradora das histórias que se propõe contar. E será na gravura que Paula Rego irá encontrar um caminho de continuidade que lhe permitirá recuperar a ligação ao processo automático que é para si, desde a infância, o desenho.
Na sua livre interpretação de diversas narrativas, Paula Rego reinscreveu a voz das mulheres no seu próprio tempo. Nesse seu contar pela pintura ou pela gravura assistimos sempre a um processo de questionamento, mas também de revelação crua e, muitas vezes, brutal da natureza humana e das relações que os humanos estabelecem entre si, sejam elas familiares, amorosas ou políticas.
Catarina Alfaro
Coordenadora de Programação e Conservação, Curadora da Casa das Histórias Paula Rego/Fundação D. Luís I
FICHA TÉCNICA | EXPOSIÇÃO
Artista: Paula Rego; Curadoria e coordenação de programação e conservação: Catarina Alfaro; Gestão da colecção CHPR: Paula Aparício; Apoio à curadoria: Sofia Martins; Design Gráfico: Mário Sousa; Desenho de mobiliário: Arq.º Alberto Souza Oliveira; Montagem: Fábio Paulo/FP Solutions; Produção: Alexandre Oliveira/Ar de Filmes; Apoio: Fundação D. Luis I / Casa das Histórias Paula Rego e Fundação Calouste Gulbenkian
Nasci. Lamego 1949, Escola Primária. Vila Real 1959, Liceu. Coimbra 1967, Faculdade de Ciências. CITAC, Círculo de Artes Plásticas, Cineclube. Crise Estudantil1969, Atividades Políticas. Porto 1971, Faculdade de Engenharia, Cineclube e FEC-ML. Gráficas nas editoras “A Regra do Jogo” e “Afrontamento”. Ilustração para livros de crianças, sobretudo de M.A.Pina. Professor na Escola Técnica de Matosinhos. Lisboa 1974, Escola de Cinema do Conservatório Nacional. Realizador de Cinema a partir de 1977. Até hoje, entre longas metragens de ficção e documentários, realizou 34 filmes.
FILMOGRAFIA COMPLETA
2025 | As Meninas Exemplares
(Longa-metragem Ficção)
Realização – João Botelho
Produção Ar de Filmes
2022 | O Jovem Cunhal
(Longa-metragem Documental)
Realização – João Botelho
Produção Ar de Filmes
Estreia em Maio de 2022 no Festival IndieLisboa
2021 | Um filme em Forma de Assim
(Longa-metragem Ficção)
A partir da obra de Alexandre O’Neill
Realização – João Botelho
Produção Ar de Filmes
Estreia 12 de Maio de 2022, nas Salas de Cinema
2019 | O Ano da Morte de Ricardo Reis
(Longa-metragem Ficção + Série de TV)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pelo ICA, Câmara Municipal de Lisboa, RTP. a partir da Obra de José Saramago)
2017 | A Peregrinação
(Longa-metragem ficção)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(A partir da obra de Fernão Mendes Pinto)
Prémios:
Academia Portuguesa de Cinema - Premios Sophia . Prémio Sophia Melhor Guarda Roupa- Silvia Grabowski, 2018 . 25/03/2018
Academia Portuguesa de Cinema - Premios Sophia . Prémio Sophia Melhor Caracterização- Rita de Castro, Filipe Muiron, 2018 . 25/03/2018
Academia Portuguesa de Cinema - Premios Sophia . Prémio Sophia Melhor Caracterização/Efeitos especiais- Nuno Esteves, 2018 . 25/03/2018
2016 | O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
Prémio João Sampaio, Festival de Cinema do Recife, Brasil, 2016
2015 | Nos Campos em Volta
(Curta-metragem documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Co-produção com o Museu Municipal de Arqueologia de Serpa)
2015 | O Som da Prata
(Curta-metragem documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Encomenda da empresa Topázio)
2014 | A Arte da Luz tem 20.000 anos
(documentário)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Financiado pelo Côa Parque)
2014 | QUATRO
Realizador: João Botelho
Documentário sobre quatro artistas plásticos portugueses
2014 | Os Maias
(Longa-Metragem Ficção + Minissérie TV)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pelo ICA, Câmara Municipal de Lisboa e Montepio; Co-produção com a RTP e RACCORD (Brasil))
Prémios:
Prémios Time Out- Lisboa . Melhor filme do ano . 15/12/2014
Fénix Associação Cinematográfica - Prémios ÁQUILA . Melhor Acriz Secundária - Rita Blanco . 09/12/2015 . Internacional
Festival de Cinema de Varna, na Bulgária . Prémio da União dos Realizadores de Cinema Búlgaros . 11/08/2015 . Internacional
Fundação GDA -Prémio de Atores de Cinema . Melhor actor secundário - Pedro Inês . 25/05/2015
Globos de Ouro . Melhor filme do Ano . 24/05/2015
Academia Portuguesa de Cinema - Prémios Sophia . Melhor Actor Secundário - João Perry . 02/04/2015
Academia Portuguesa de Cinema -Prémios Sophia . Melhor Actriz Secundária - Maria João Pinho . 02/04/2015
Academia Portuguesa de Cinema -Prémios Sophia . Melhor Fotografia - João Ribeiro . 02/04/2015
Academia Portuguesa de Cinema - Prémios Sophia . Melhor Direcção Artística - Silvia Grabowski . 02/04/2015
Academia Portuguesa de Cinema -Prémios Sophia . Melhor Caracterização - Sano De Perpessac . 02/04/2015
Academia Portuguesa de Cinema - Prémios Sophia . Melhor Caracterização / Efeitos Especiais - Sano De Perpessac . 02/04/2015
Academia Portuguesa de Cinema - Prémios Sophia . Melhor Guarda-Roupa - Silvia Grabowski . 02/04/2015
CineEuphoria . Melhor actor Secundario - National Competition . 13/01/2015
CineEuphoria . Melhor Caracterização - National Competition . 13/01/2015
CineEuphoria . Melhor Direcção Artística - National Competition . 13/01/2015
CineEuphoria . Melhor Elenco - National Competition Rita Blanco, Nuno Casanovas, Graciano Dias, Maria Flor, Pedro Inês, Pedro Lacerda, Adriano Luz, Hugo Mestre Amaro, Nuno Pardal, João Perry, , Maria João Pinho, Marcello Urgeghe, Filipe Vargas, João Pedro Vaz, Catarina Wallenstein . 13/01/2015
Festival Internacional de Cinema da Fronteira . Melhor Argumento - João Botelho . 16/12/2014 . Internacional
2012 | Bravo Som dos Tambores
(Longa-Metragem Documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pela Fundação Guimarães 2012)
2012 | La Valse
(Curta-metragem Documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pelo ICA, Co-produção RTP Co-produção com a Companhia Nacional Bailado)
2012 | Anquanto la Lhéngua fur Cantada
(Longa-Metragem Documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pela Direcção Regional de Cultura do Norte Venda à RTP)
2010 | O Filme do Desassossego
(Longa-metragem Ficção)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
Filme financiado pelo ICA, CML, Fundação Calouste Gulbenkian; Co-Produção RTP
Prémios:
Sociedade Portuguesa de Autores – Prémios . Melhor Filme do Ano . 21/02/2011
Sociedade Portuguesa de Autores – Prémios . Melhor Actor - Claúdio Silva . 21/02/2011
2010 | Oh Lisboa, Meu Lar!
(Curta-metragem documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pela Câmara Municipal de Lisboa - Venda à RTP)
2009 | Para que este mundo não acabe!
(Curta-Metragem Documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme financiado pelo ICA, Município de Montalegre e Município de Boticas; Co-Produção RTP)
2008 | A CORTE DO NORTE
Filme digital, alta definição, a partir do romance homónimo de Agustina Bessa–Luís.
Estreia: Selecção Oficial do Festival de Nova Iorque.
Selecção Oficial do Festival de Roma, Competição.
Menção Especial do Júri por Mérito Artístico.
Filme de Encerramento do Festival de Cinema do Funchal (integrado numa homenagem ao realizador).
2007 | CORRUPÇÃO
95’ versão do produtor | 118’ versão do realizador
Não assinado por desacordo com o produtor na montagem e banda sonora.
2007 | A Terra antes do Céu
(Curta-Metragem Documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme finaciado pela Direcção Regional de Cultura do Norte Venda à RTP)
2007 | A Baleia Branca – uma ideia de Deus
(Curta-Metragem Documental)
Realizador: João Botelho
Produção Ar de Filmes
(Filme Financiado pela RTP)
2006 | AVÉ MARIA (curta)
Vídeo digital
Adaptação de um conto de Natal de Manuel da Fonseca para a RTP.
Festival de Televisão de Montecarlo.
2005 | O FATALISTA
Estreia no Festival de Veneza, Selecção Oficial, Competição.
Festival de Toronto.
Festival de Sevilha.
Mostra de São Paulo.
Festival de Washington.
Distribuição em França: Gemini.
2005 | A LUZ NA RIA FORMOSA
Documentário, vídeo digital.
Festival DocLisboa.
Selecção Oficial de Torino Film Festival.
Cinéma de Réel, Paris.
Festival de Cinema de Vienna – Viennale.
Festival di Popolo, Florença.
2003 | A MULHER QUE ACREDITAVA SER PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Estreia no Festival de Cannes, Quinzena dos Realizadores, Filme de Abertura.
Distribuição em França: Gemini.
2001 | AS MÃOS E AS PEDRAS
(curta)
Vídeo digital.
Filme de abertura de Porto 2001, Capital Europeia da Cultura.
2001 | QUEM ÉS TU?
Festival de Veneza, Selecção Oficial, Competição.
Prémio Mimo Rotella para a Melhor Contribuição Artística da Bienal de Veneza.
Distribuição em França: Gemini.
Vendas no Japão.
1999 | SE A MEMÓRIA EXISTE
(curta)
Vídeo digital. Encomenda para o 25º aniversário do 25 de Abril.
Estreia no Festival de Veneza.
1998 | TRÁFICO
Estreia no Festival de Veneza, Selecção Oficial, Competição.
Festival de Cinema de Toronto - Selecção Oficial.
Festival de Cinema Português – Providence.
Festival de Cinema de Hamburgo.
Festival de Cinema de Neighbours – Haifa.
Mostra Internacional de Cinema São Paulo.
Festival de Cinema Jove Valencia.
Distribuição em França: Gemini.
1996 | 13 FILMES X 3’
Para Trio de Quattro, RTP.
1994 | TRÊS PALMEIRAS
Encomenda de Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura.
Estreia no Festival de Cannes, Quinzena dos Realizadores.
Distribuição em França: Gemini.
1993 | AQUI NA TERRA
Festival de Veneza, Selecção Oficial, Competição.
Filme seleccionado para o Dia da Europa, exibição simultânea na Alemanha, França e Portugal.
1991 | NO DIA DOS MEUS ANOS
Encomenda RTP/ARTE sobre os 4 elementos.
Estreia no Festival de Locarno, Selecção Oficial, Fora de Competição.
1987 | TEMPOS DIFÍCEIS
Estreia no Festival de Veneza, Seleccção Oficial, Competição.
Prémio FIPRESCI.
Festival de Nova Iorque, Lincoln Centre, Selecção Oficial.
Festival de Londres.
Melhor Filme no Festival de Belfort.
Distribuição em França - Lasa Films e em Inglaterra – Artificial Eye.
1985 | UM ADEUS PORTUGUÊS
Estreia no Festival de Londres.
New Film, New Directors, MOMA New York.
Festival do Rio de Janeiro – Tucano de Ouro, Melhor Realizador.
Melhor Filme nos Festivais de Belfort, Cartagena, Salsomagiore e Pesaro.
Prémio OCIC.
Festival de Berlim (Fórum)
Distribuição em França - Lasa Films e em Inglaterra – Artificial Eye.
1980 | CONVERSA ACABADA
Estreia no Festival de Cannes, Quinzena dos Realizadores.
Distribuição em França, Filmes du Passage.
Prémio Glauber Rocha, Figueira da Foz.
Melhor Filme no Festival de Antuérpia.
Prémio OCIC.
1978 | ALEXANDRE E ROSA
(curta)
Estreia na Semana dos Cahiers du Cinéma – Paris, Cinéma Action République.
1977 | O ALTO DO COBRE
(curta)
1977 | UM PROJECTO DE EDUCAÇÃO POPULAR
1977 | OS BONECOS DE SANTO ALEIXO
(Documentário de longa metragem)
Estudou produção na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Esteve ligado à direção de produção, assim como produtor executivo, com grandes nomes da indústria cinematográfica portuguesa e europeia: João César Monteiro, Manoel de Oliveira, Paulo Rocha e Werner Schroeter. Foi programador na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema com João Bénard da Costa. Em 2001, criou a AR DE FILMES, uma produtora que promove projetos de cinema e teatro. A companhia Teatro do Bairro inclui um espaço de 120 lugares no Bairro Alto com um programa de teatro, música e dança. Alexandre Oliveira produziu mais de 40 peças de teatro e mais de 20 filmes que vão desde documentários a longas-metragens. Também desenvolveu um importante trabalho na distribuição de filmes, criando um novo circuito que garantisse a proximidade dos espectadores aos filmes, projetando-os em grandes salas municipais. O FILME DO DESASSOSSEGO, baseado numa obra de Fernando Pessoa, é um dos filmes mais vistos em Portugal nos últimos 10 anos, com uma média de mais de 200 espectadores por sessão. OS MAIAS, adaptado do novela de Eça de Queiroz, fez mais de 150.000 espectadores no primeiro lançamento em Portugal.
Em 2015, Alexandre Oliveira foi distinguido pela Academia de Produtores Culturais com o Prémio Natércia Campos de Melhor Produtor, pela sua “capacidade de se colocar ao serviço de uma significativa diversidade de criadores, linguagens, áreas artísticas e promotores, enfim, de se colocar ao serviço da clara defesa do projeto artístico na sua relação com os públicos”.
Nos últimos anos, tem alargado o seu trabalho a vários realizadores de cinema portugueses, tanto na área da ficção como do documentário, entre eles Jorge Cramez, André Marques, Pedro Ramalhete, Inês Oliveira, Luciana Fina ou Ariel de Bigault. As suas produções são regularmente apresentadas em importantes festivais de cinema, contando com múltiplas premiações tanto a nível nacional, como internacional.
Elenco
JOÃO ESTIMA
JOÃO PEDRO VAZ
LEONOR SILVEIRA
MARCELLO URGEGHE
MARGARIDA MARINHO
MITÓ MENDES
ORLANDO SÉRGIO
participação especial
ao piano
André Piolanti
COM A PARTICIPAÇÃO DE
coro gospel - Soul Gospel Portugal
Elizabeth Pinard; Celise Manuel; Andreia Graça; Melitssa Duarte; Patrícia Costa; Paulo Baguet; Rita Ié; Tamzie Fransen; Elisa Varela; Yafeni Neto; Margarida Martins e Hugo Terças
FIGURAÇÃO
Ana Bordalo; Luísa Pacheco; Ivan Colleti; Armando Almeida; António Padrão; Pedro Bento; Yuri Sanches; Delfim Santos; Laura Neto; Cláudia Barros; Cláudia Luz; Rafael Paiva; Piter Domingos; José Semedo; Fernanda Semedo; José Luís; Ailton Lima; Catem Pereira; Nelson Lavrador; Armando Cruz; David Santos; Manuela Geraldes; José dos Santos Augusto; Gonçalo Bolas; Pedro Silva; Beatriz Soares; Mariana Magalhães; Luís Magina; Bernardo Miranda; Carmo Afonso; Susana Lima; Maria Joana Figueiredo; Marise Francisco e António Pinhão Botelho.
Equipa Técnica
António Pinhão Botelho
1º assistente de realização
Pedro Silva
2º assistente de realização
Tiago Amorim
reforço de realização
Francisco Botelho
anotador
João Ribeiro
director de fotografia
Ricardo Simões
1º assistente de imagem
Ricardo Lameiras
2º assistente de imagem
Bernardo Miranda
data manager
Joana marques
Luís graciano
operadores de drone
Jaime Freitas
fotógrafo de cena
Rodrigo Dray
chefe electricista
Armando Chouriço
grupista
João miguel Silva
Rosa Vale Cardoso
Pedro Branco
Reforços de iluminação
Manuel Ramos
chefe maquinista
Fábio Rodrigues
assistente de maquinaria
Gonçalo Aguiar
Francisco Saraiva
reforço de maquinaria
Ricardo Ganhão
director de som
João luís Almeida
assistente de som
Paulo Abelho
captação musical
Santiago Couce
assistente de captação musical
Matheus Carneiro
assistência de gravação
Cláudia Lopes Costa
decoradora
Ana Costa
Jaime Carretero
Tiago Rodrigues
aderecistas
Gonçalo Bolas
assistente de plateau
René
reforço de decoração
António Bustorff
chefe de construção
Pedro Fernandes
Paulo Barata
construção
Adjamilo de Sousa
montagem
Tiago Cutileiro
Maria João Mota Mendes
pintura
Fabiana Aricó
costura
Cinara Pisco
ilustração e grafismos
Vera Midões
fundos a óleo
Luísa Pacheco
figurinista
Ivan Colleti
apoio à figurinista
Susana Moura
chefe de guarda-roupa
Beatriz Soares
assistente de guarda-roupa
Ivone Gradim
estagiária de guarda-roupa
Nuno Esteves “Blue”
chefe caracterizador
Teresa Dias
cabeleireira
Sara Jogo
Francisca Sobral
Nicole Mendonça
Daniela Cardante
reforço de maquilhagem
Célia Silva
Ruben Candeias
reforço de cabelos
João Braz
montagem de imagem
Jorge Carvalho
efeitos especiais
Jennifer Mendes
correcção de cor
Paulo Abelho
Hugo Leitão
montagem de som / mistura de som
todas as composições originais por daniel Bernardes ©
e
Brahms Cello Sonata op38 nr II”
Prokofiev Sonata 7 - III
interpretadas por
aniel Bernardes
piano
Tiago Anjinho
violoncelo solo
Ana Mafalda Silva Monteiro
Carolina Costa
Beatriz Abrantes Machado
Inês beatriz Veloso
violoncelos
Rui Pedro Rodrigues
Georges Manuel de Sousa Pereira
contrabaixos
João barradas
acordeonista
Nuno Pinto
clarinete
Pedro Bento
director de produção
Luís Magina
chefe de produção
Mariana Magalhães
Marta Travassos
Henrique Fialho
assistentes de produção
Cristina Fortes
Tiago Amorim
Miguel Aido
Bernardo Miranda
reforços de produção
Maria João Moura
assessoria de imprensa
Ana Bordalo
administração de produção
Pedro ramalhete
coordenação de pós-produção
Sílvia Guerra
contabilidade
Armazém do Bairro
montagem de som
Ar de Filmes
montagem de imagem
Loudness Films
misturas de som
Peris Costumes
aluguer de figurinos
Atelier - modistas de lisboa
Rosário Balbi - mestra costureira
Inês Ariana
Pedro Rodrigues
Ana Luísa Coelho
trabalhos de costura
Agência SVRP
agência de figuração
Tiago Silva
Toni Babaron
segurança
ring2special
Jorge Nobre
talkies
Carlos Silva
apoio logístico
Drivalia
Carlos Silva
frota
gcsport action
Luís Carlos
Teresa Carlos
caravanas
Jorge Gomes
Nelson Lavrador
Armando Cruz
Carlos Oliveira
Tiago Nascimento
José Guerra
cavalos e carroças
Ruela
geradores
FP solutions
Fábio Paulo / André Falcão
construção / transportes
Showreel
Vera Maurício
material técnico
TECNEMPRESA
técnico oficial de contas
Maria do Céu Ferreira Godinho
revisor oficial de contas
Asal - corretor de seguros
Gina Romão
seguros
ESPIRAL DE IGUARIAS
Anabela Almeida
Isabel Cuco
Lena Soares
Sérgio Silva
catering
RESTAURANTE O SOBREIRO
Ana Cantiga
Manuel Silvério
Soraia Simões
Rui Ribeiro
catering
M.RÔLO - MANEQUINS E EQUIPAMENTO
charriots
MCS Informática
Nuno Machado
discos externos
Agradecimentos
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA
presidente Basílio Horta
Márcia Rilhas
Joana Gonçalves
Cláudia Garcia
Alice Castro
Rita Guerra
Manuel Vicente
CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA
presidente Fernando Paulo Ferreira
Isabel Sousa Martins
Jorge Júlio
Maria joão Carraça
Milene Monteiro
Clara Silva
Cascais Ambiente
Bruno Pinto
Rui Serra
CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL
Paulo Anjos
Nuno Viterbo
JUNTA DE FREGUESIA ALVERCA DO RIBATEJO E SOBRALINHO
EGEAC – CASTELO S.JORGE
Susana Repolho
QUINTA DA ASSUNÇÃO DE BELAS
Renato Oliveira
José Indi
FRAGATA DOM FERNANDO II e Glória
Daniel Véstias Letras
Pedro Proença Mendes
Fábio Carraça
Ivo Soares
AGRADECIMENTOS
Carla Sofia Santos; Cristiana Lopes; Helena Lopes; Vítor Lopes; Sérgio Shvets; Jaime Teixeira; Albino Teixeira; Nuno Miranda; David Semedo; Maria João Faia; engenheiro Carlos Melo; Rui Martins; Paulo Rodrigues; Alexandre Lyra Leite; Fernando Tavares; Rita Leite; José Palha; Miguel Jerónimo; Nuno Costa Moura; capitão Marco Serrano Augusto; Marta Soares; Nuno Ribeiro; Carolina Salis; Sónia Taborda; Zé Maria Brandão; padre António Ramires; Susana Morais; Nuno Amaral; Vânia Andrade; Ania Pinheiro; Alvaro Pinheiro; Bichaneco Esteves; Isaura Lotra; José Lotra; Hugo Gomes; Inês Peres; Ricardo Egreja de Almeida; Tiago Dias; Micélio Amorim; Zé Pedroso; Alyssa Pellei; Stephane Alberto; Inês Pestana; mestre Joaquim Costa; Alejandro Toledo; Helena Cornejo; Eva Galvache; Maria Ferreira; Gabriela Monteiro; Celso Bispo.
Financiamento / Apoios













